"É apenas com o coração que se pode ver direito; o essencial é invisível aos olhos." (Antoine de Saint Exupéry)

SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS!

SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS!

domingo, 29 de novembro de 2009

ACESSIBILIDADE X MERCADO DE TRABALHO

Alguns lugares onde é possível encontrar cursos profissionalizantes e vagas no mercado de trabalho:
· Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e de Altas Habilidades -FADERS- http://www.faders.rs.gov.br/
Entre tantas informações, o site divulga vagas de trabalho para deficientes em grandes empresas no RS, além de ser possível ajustá-lo as condiçoes de visão específicas do leitor.

· Projeto I.s.c.a. Inclusão Social Capacitação e Acessibilidade - http://www.agcocorp.com.br/respSocialProjIsca
Iniciativa da AGCO que insere pessoas com deficiência no mercado de trabalho, contribuindo para qualificação, capacitação e integração desses trabalhadores. Contando com seu próprio pessoal, essas equipes estudaram a realidade dos deficientes, adequaram as linhas de produção e chegaram a um formato viável, acessível e bem-sucedido de inclusão, superando a barreira dos altos custos operacionais.
· Inserção da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho - É um sistema integrado de bases de dados e serviços, com acesso gratuito pela Internet, onde pessoas com deficiência podem, com facilidade, disponibilizar e atualizar seus currículos, além de consultar vagas de trabalho colocadas pelas empresas, também em espaços gerenciados por elas.O sistema, projetado para atuar em todo território nacional, pretende colaborar efetivamente com a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, estimulando e viabilizando o contato entre as empresas e instituições diversas e os candidatos a uma vaga de trabalho, de forma a acolher e acomodar o maior número de pessoas, e evitar situações ou atitudes que promovam a exclusão.As páginas web são baseadas nas recomendações de acessibilidade do consórcio internacional W3C possibilitando assim a utilização do sistema por pessoas com deficiência visual, auditiva, motora ou intelectual http://www.selursocial.org.br

· O site http://www.abril.com.br/aempresa/trabalhenaabril/pgart_0307_25102002_54.shl mantém o banco de dados de vagas da Editora Abril. Lá, encontra-se um banco de dados criado especialmente para candidatos com deficiência. O cadastro do currrículo é grátis. O site é mantido pelas empresas que publicam as vagas.

· O site Deficiente Eficiente mantém um espaço para cadastro de currículos exclusivo para portadores de deficiência. Essas informações são mantidas em caráter permanente, ou até que o interessado solicite a retirada. Eles não oferecem a vaga de emprego, mas disponibilizam as informações para consulta por parte das empresas. Os interessados devem enviar o curriculum para o e-mail deficienteeficiente@deficienteeficiente.com.br

· CIEE - Centro de Integração Empresa Escola- oferece convênios com escolas de educação especial e instituições especializadas no atendimento e capacitação de pessoas portadoras de deficiências (física, sensorial, visual, auditiva ou mental). O objetivo é o de propiciar a colocação desses jovens no mercado como estagiários ou como trabalhadores registrados. Para pôr em prática esse serviço, a instituição criou um banco de dados com informações completas sobre os candidatos, bem como, sobre as instituições mantenedoras- http://www.ciee.org.br/

sábado, 28 de novembro de 2009

INCLUSÃO DE DEFICIENTES VISUAIS É DESTAQUE NA BIBLIOTECA LIVROS SOBRE TRILHOS DA TRENSURB

· A biblioteca já tem sua primeira associada cega inscrita e oferece 11 títulos em braile. No total , já atingiu 384 sócios e emprestou 537 livros, desde a sua inauguração, em 15 de dezembro de 2008 (Quarta-feira, 25 de Março de 2009) - http://www.trensurb.gov.br

ESPAÑOL Y LITERATURA PARA TODOS

• Tiflolibros - Libros Electrónicos para Ciegos - http://www.tiflolibros.com.ar/
É uma biblioteca virtual de acesso gratuito para cegos e deficientes visuais. Esta biblioteca, chamada tiflolibros foi organizada por deficientes visuais da Argentina e Espanha. Hoje os livros a disposição dos interessados chegam a o número de oito mil e continuam crescendo de dia em dia. A maioria dos livros que foram escaneados e colocados na biblioteca possui textos em espanhol mais também existem livros em outros idiomas. Tiflolibros ainda funciona como lista de discussão e troca de idéias entre os integrantes.
¡ MIRA QUE BUENO!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Educação Física adaptada para pessoas portadoras de necessidades visuais especiais


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cegueira é:

"Uma acuidade visual inferior a 3/60 (0.05) é considerado como cegueira ou uma perda equivalente do campo de vista no melhor olho com a melhor correção possível (categorias da deficiência visual 3.4 e 5 do CIE-10). Consiste na perda da visão dos arredores em que a pessoa se move".

As pessoas portadoras de cegueira precisam utilizar o Sistema Braile como principal meio de comunicação, pois só assim podem estar inseridas no processo ensino-aprendizagem e adquirir conhecimentos. Ainda de acordo com a OMS, "considera-se como uma visão subnormal uma acuidade visual inferior a 6/18 (0,3), mas igual ou melhor que 3/60 (0,05) no melhor olho com a melhor correção possível (categorias de deficiência visual 1 e 2 da CIE-10)". Algumas pessoas com visão subnormal necessitam de iluminação apropriada, auxílios ópticos, textos com letras ampliadas ou complementam as atividades com o alfabeto Braile. Uma estimativa da OMS em 1993 mostra que 10% da população brasileira é portadora de deficiência, sendo 0,5% portadores de deficiência visual, num total aproximado de 700 mil cidadãos.

Através da visão, o ser humano pode identificar e distinguir objetos, cores, formas, tamanhos e distâncias. Esse é um sentido de grande valor na captação de estímulos e projeções espaciais, facilitando o relacionamento do homem com o meio em que ele vive; exatamente por isso, na maioria das vezes, os cegos têm as suas relações pessoais comprometidas através da exclusão social, pois fogem do padrão de normalidade estabelecido. Obviamente essas pessoas poderiam ocupar um lugar digno na sociedade, uma vez que toda ação individual deve ser valorizada independente de raça, cor, credo ou necessidade especial.


Esquema corporal

Esquema corporal é o conhecimento que a criança tem do próprio corpo. A construção mental desse esquema corporal é ligada à história de vida de cada indivíduo, respeitando as influências culturais e individuais.Tanto as pessoas cegas como as ditas normais não constroem sozinhas o esquema corporal. Principalmente nos cegos congênitos, além da necessidade do toque corporal, há também a necessidade de diálogo verbal com os pais, sobre o esquema corporal e a imagem do seu corpo. No entanto, se este diálogo verbal não for bem esclarecido, devido à perda de elementos da comunicação não-verbal (posturas, gestos e expressões faciais), a imagem do corpo do cego congênito poderá ficar deturpada, influenciando no seu movimento. (TELFORD & SAWREY, 1988).

O simples fato do individuo cego exercer seu direito de ir e vir estimula a memória, a organização espaço-temporal e certamente contribui para a interação com a sociedade, porém freqüentemente notamos alguns problemas que impedem essa "autonomia" como, por exemplo: restrição da mobilidade independente em ambientes não familiares, limitação da percepção de objetos grandes demais para serem percebidos pelo tato, dentre outros. O corpo precisa passar por essas experiências para se construir um ser social.

É necessário evitar a mecanização das expressões do corpo no espaço, proporcionando mobilidade e possibilidades de diversas vivências corporais. Isso é importante para que a pessoa cega sinta seu corpo no espaço usando a locomoção e a orientação, adquirindo consciência da existência de objetos e de seu próprio corpo. Segundo Junior e Santos (2001):

Deve-se entender orientação e mobilidade como um conjunto de técnicas que visam organizar as noções de espaço, tempo, movimento e distancia. O portador de deficiência visual, através de um treinamento senso-perceptivo, buscará desenvolver uma locomoção mais desembaraçada e uma inter-relação entre seu corpo e os objetos circundantes, que permitam orientar-se com segurança. (s/p).

A ocupação de espaços se dá através do estado ou da mobilidade de um corpo e se solidifica pela manutenção dessa mobilidade ou desse estado. Por causa disso, há uma grande preocupação com a orientação e mobilidade do cego, que se inicia na adequada estruturação espaço-temporal. Assim, o cego tem condições de usufruir e exercer o direito de ir e vir com independência.

A preocupação com a orientação, locomoção e independência das pessoas cegas vêm sendo motivo de interesse há muito tempo. Esse assunto surgiu em 1929, com o uso de cães-guias, nos EUA. Após a II Guerra Mundial, a orientação foi sistematizada para atender ao número elevado de soldados que ficaram cegos, com o objetivo de torná los o mais independente possível. Mais tarde, o médico Richard Hoover, preocupado com o aspecto funcional das bengalas de madeira, que possuíam muito peso, desenvolveu uma bengala mais leve e com técnica adequada, que passou a chamar-se bengala longa ou Hoover, funcionando como extensão do corpo. A bengala possui tanta importância que, no dia 15 de outubro, festeja-se o Dia Internacional da Bengala Branca (desde 1980). A data foi eleita na França, durante o encontro da União Mundial de Cegos (UMC), que vê na bengala o símbolo da integração na sociedade das pessoas cegas. Organización Nacional de Ciegos, (1938)


A vez dos cegos na escola

Segundo Junior & Santos (2001) nos anos 60 houve expansão do ensino integrado, que aconteceu por ter sido incluída na Legislação de Ensino pela primeira vez no Brasil, um dispositivo referente à educação de Excepcionais - Lei de Diretrizes e Bases, 1971: "Artigo 88 - A educação de excepcionais deve, no que for possível, enquadrar-se no Sistema Geral de Educação, a fim de integrá-los na comunidade". Esse foi um grande passo para que acontecesse uma maior integração entre as pessoas ditas normais e as cegas, proporcionando a merecida igualdade de direitos e tentando findar o preconceito. Hoje em dia, há um grande apelo pela educação inclusiva; esperamos que esse movimento cresça e realmente "inclua" todas as pessoas portadoras de necessidades especiais.


A importância da Educação Física

A educação física enfatiza o conhecimento e domínio corporal e busca, através de atividades lúdicas e esportivas, servir como importante elemento de desenvolvimento geral, aumentando o potencial de experimentação corporal de situações de aprendizagem e de aquisição de conceitos básicos. Desenvolve a auto-confiança, a auto-iniciativa e a auto-estima, além de atuar como elemento facilitador de um desenvolvimento motor adequado e propiciador de situações de interação social.

Há algumas atividades comumente praticadas pelos deficientes visuais como: natação, judô, musculação, dança, recreação, atletismo, futebol, futebol de salão, xadrez, além de thorball e o goalball (modalidades esportivas que foram inventadas e desenvolvidas especificamente para pessoas portadoras de necessidades visuais especiais).

As pessoas cegas, especialmente as crianças, geralmente apresentam desempenhos inferiores nas áreas motora, cognitiva e afetivo-social. A defasagem apresentada não é própria da condição de cego, mas sim em função de um relacionamento familiar inadequado e, principalmente, é causado pela própria problemática da realização motora. A família, muitas vezes super protege a criança cega e isso dificulta seu desenvolvimento motor geral. Como já foi dito antes, quanto menos a criança cega interage fisicamente no ambiente, menos ela experimenta situações de aprendizagem, menos oportunidades ela tem de formar conceitos básicos, menos ela relaciona-se com o ambiente e com as pessoas e mais ela se fecha dentro do seu mundo particular e restrito pela falta de informações visuais.

Com relação ao domínio sócio-afetivo, freqüentemente apresentam medo de situações e ambientes desconhecidos, dependência, dificuldade de relacionamento e integração, insegurança, baixa auto-estima e auto-confiança. Já no campo cognitivo podemos observar limitação na captação de estímulos e dificuldade na formação de conceitos. Ainda tem um grande comprometimento na área psicomotora, principalmente pela impossibilidade de imitação que dificulta a aprendizagem e diferentes vivências motoras e sensoriais.

Sem dúvida a educação física é um importante aliado na interação social, no incremento das funções da inteligência e principalmente no desenvolvimento das condições motoras dos indivíduos cegos. Através de atividades lúdicas, podemos alcançar os 3 domínios e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. As defasagens no desenvolvimento geral da criança cega, que se apresentam como estatisticamente relevantes, são mais acentuados na área motora. Estas se dão, não por um déficit anátomo-fisiológico inerente à criança congenitamente cega, mas sim pela limitação de experiências motoras em diversos níveis.

Os estágios de desenvolvimento motor da criança cega apresentam-se com freqüência as seguintes defasagens:

A chamada educação física adaptada ou especial consegue minimizar e otimizar esses problemas, se o trabalho for realizado por um profissional competente e habilitado. Ela utiliza o corpo da criança cega como instrumento. Partindo do conhecimento e domínio deste corpo, ela usa o movimento controlado como meio, o respeito absoluto a individualidade do aluno como estratégia básica, o prazer da descoberta de poder fazer como reforço, tendo como fins o embasamento e a potencialidade de seu desenvolvimento geral, buscando propiciar condições favoráveis à sua trajetória acadêmica e, futuramente, à sua emancipação social.

A criança portadora de necessidades visuais especiais tem absoluta necessidade de descobrir, conhecer, dominar e relacionar o seu próprio corpo com o ambiente e com as pessoas. Somente assim ela se identificará como ser inédito, formando o seu "EU", interagindo no ambiente e em seu grupo social, é uma etapa de seu desenvolvimento que não pode ser queimada. Essa criança necessita de ações que permitam construir uma nova postura em relação a sua realidade, superando os comprometimentos físicos e estabelecendo um comportamento de interação e integração com as pessoas e o mundo a sua volta.


Concluindo...

É importante ressaltar o grande valor que a educação física adaptada ou especial tem, pois proporciona as pessoas portadoras de necessidade visuais especiais uma melhor qualidade de vida, socialização, bem-estar, treinamento dos sentidos, conhecimento do esquema corporal, além de outros estímulos e vivências que em outras atividades não seria possível.

Utilizar a educação física para promover e despertar as potencialidades de uma pessoa cega é muito mais do que gratificante, é um dever muito prazeroso.

FONTE:http://www.efdeportes.com/efd111/educacao-fisica-adaptada.htm acessado em 27/11/2009

Facilitando a vida de nosso aluno



Por ser uma escola preparada para receber crianças com Visão Subnormal e possuir dispositivos especiais que favorecem o funcionamento visual, estes devem ser utilizados pelos professores de forma a facilitar a vida do aluno dentro de sala.

·Óculos bifocais, prismas, lentes de contato ou outras combinações de lentes podem ser prescritos para uma criança com limitações visuais, a serem usados à toda hora ou durante atividades específicas.

·Lentes ligeiramente tingidas ou escuras podem ser usadas pela criança sensível à luz, em lugares fechados e ao ar livre.

·Lentes de aumento manuais ou lentes de amplificação são usadas para aumentar o tamanho da imagem e melhoram o funcionamento visual de crianças com quase todos os distúrbios visuais. Esses ampliadores podem ser usados para tarefas como ler, escrever e estudo de arte.

·Telessistemas pequenos (mini-telescópios) Seguros na mão ou em armações de óculos são usados por crianças para ver objetos distantes, como quadros negros e demonstrações de sala de aula, ou para identificar ônibus, sinais de rua, e assim por diante. Quando uma criança está usando um telescópio para ler o quadro negro, ela pode achar útil sentar-se na coluna central de carteiras, na distância que lhe for mais adequada.

Como algumas crianças portadoras de Visão Subnormal poderão precisar apenas de alguns materiais adaptados, enquanto outros necessitarão de uma combinação de vários dispositivos, somente depois de observação detalhada é que se saberá de qual realmente a criança necessita e só então fazer uso.

Desenvolvimento didático do aluno é importante!


Muito cuidado para não rotular um aluno que tem baixa visão com aluno que tem deficit cognitivo pois é necessário que os professores regente e recurso/apoio estejam cientes de que esta criança precisa de mais tempo para assimilar alguns conceitos, especialmente os abstratos, precisa ter estimulação contínua, apresenta dificuldade de interação, de apreensão, de exploração e domínio do meio físico e desenvolve mais lentamente a consciência corporal, mas nem por isso devem deixar de ser cobrados , assim como seus colegas o são, dentro de sala de aula.

Os professores responsáveis por este aluno devem estar de acordo então, de que se faz necessário oferecer ao mesmo, todas as oportunidades existentes na unidade escolar que lhe permitam desenvolver corretamente suas habilidades.


Mas do que os professores, a unidade escolar deve estar envolvida neste processo e isso inclui buscar estabelecer o intercâmbio entre o oftalmologista e os profissionais que atuam na área da educação, incentivar a capacitação de recursos humanos envolvidos no processo educacional do aluno portador de visão subnormal, oferecer orientação inicial, por meio de relatório do serviço oftalmológico sobre este aluno contendo dados aplicáveis à situação da sala de aula, encaminhados preferencialmente no início do ano letivo, facilitar o acesso a informações sobre o aluno portador de visão subnormal, fornecida pelo serviço oftalmológico, principalmente em situações que houver alterações visuais ou em relação ao uso de óculos, recursos ópticos ou recursos não ópticos , disponibilizar literatura especializada sobre a deficiência visual, enfatizando os aspectos relativos ao aluno portador de visão subnormal e facilitar a participação do professor em cursos curtos sobre o assunto.


Não é só o professor que recebe o aluno. É a escola toda!


A primeira atividade a ser desenvolvida pelo professor regente em conjunto com o professor de recurso/apoio para iniciar o processo educacional com a criança portadora de visão subnormal numa perspectiva inclusiva, seria o desenvolvimento de um trabalho de conscientização da turma da qual fará parte sobre a necessidade e importância do respeito às diferenças individuais e quanto o trabalho colaborativo que poderá contribuir para a melhoria da aprendizagem de todos, incentivando ainda o desenvolvimento de valores como o respeito ao próximo, amizade, cooperação, etc.

Ainda pode ser sugerido a coordenação e direção da escola a promoção de reuniões no âmbito escolar para discutir as dificuldades encontradas e a melhor maneira de contorná-las, a aquisição de materiais bibliográficos de apoio, a realização de palestras com especialistas, crianças portadoras de Visão Subnormal e professores experientes no assunto voltadas para toda comunidade escolar.


Detalhes melhoram a sala de aula para nosso aluno portador de Visão Subnormal.


A sala de aula deve ser bem iluminada e arejada´para ajudar a criança portadora de Visão Subnormal a se adaptar à mesma e os professores regente e de recurso/apoio devem conhecer a criança de tal forma que possam estar atentos a seus interesses, habilidades e o referencial perceptual que ela revela.

A criança com visão deficiente pode, normalmente, aprender a evitar obstáculos na sala de aula e nos corredores da escola desde que corretamente orientada. O professor regente deve estar atento à disposição da mobília e, com a ajuda dos demais alunos, poderá optar por uma nova disposição que facilite o deslocamento da criança com deficiência dentro da sala de aula.

Já ao professor recurso/apoio, cabe a responsabilidade de familiarizar este mesmo aluno com as dependências da escola (como bebedouro, banheiros, playground,etc) alertando-o da existência de obstáculos( má iluminação, existência de degraus, etc) que possam dificultar seu trânsito por estas áreas. Também deve-se gradativamente instruí-lo a se deslocar sozinho e com segurança destas áreas até a sala de aula e vive –versa.


Exercícios, tarefas de casa, avaliação...O aluno com Visão Subnormal também pode fazer!



Para que o aluno com visão Subnormal não seja prejudicado em suas atividades os professores regente e de recurso/apoio devem trabalhar sempre em sintonia no intuito de desenvolverem um bom trabalho.

No que diz respeito ao desenvolvimento de atividades dentro de sala de aula que necessite de materiais escritos, é interessante que com a maior antecedência possível, o regente repasse cópias destes materiais ao professor da sala de recursos/apoio para que ele possa adaptar conforme a necessidade da criança com deficiência além de poder localizar ledores, se for o caso.

O aluno deficiente da visão geralmente precisa de tempo extra (um tempo e meio é considerado aceitável) para completar tarefas e exames. Pode-se permitir que o aluno complete o trabalho na sala de recursos ou na biblioteca da escola. Quando o aluno deficiente visual desenvolver habilidades adaptativas, suas expectativas em relação a ele devem aproximar-se da que tem em relação aos outros alunos.

Embora possa estar usando folhas de resposta para o resto da turma quando estiver dando um teste, pode ser mais fácil para a criança de visão subnormal responder diretamente na folha do teste. Folhas-respostas com questões de múltipla escolha em quadrados ou parênteses para serem preenchidos podem causar problemas ao aluno de visão subnormal. Substituir por uma folha de resposta na qual o aluno circunde a letra correta a, b, c ou d, geralmente elimina o problema mas, o mais correto mesmo é, antes de um período de prova, consultar o aluno deficiente da visão e o professor da sala de recursos/apoio para saber qual o melhor método a ser usado com esta criança.


Os alunos com Visão subnormal deverão ser capazes de ler e escrever corretamente no portanto, deve-se evitar aplicar exames orais, a menos que não haja outro modo para testá-los. É geralmente aconselhável consultar o professor de recursos/apoio para determinar a modalidade mais apropriada de leitura e escrita do aluno, assim como para estabelecer formas alternativas.

domingo, 22 de novembro de 2009

Dicas




Um excelente site para deficiente visual e pessoas de baixa visão, com possibilidade de downloads extremamente úteis, inclusive do leitor de telas Talks.


http://www.lerparaver.com/









Orca é um poderoso aplicativo gratuito, de fonte aberta desenvolvido para a plataforma Linux que se destina aos portadores de deficiência visual.

Usuando uma combinação de diversos recursos tais como sintetização de voz, braille e lente de aumento, mais informações sobre o Orca, incluindo o seu download podem ser obtidas acessando-se
http://live.gnome.org/Orca


Quem disse que as pessoas cegas não podem jogar no computador? Joguinhos para computador baseados em som. Trata-se do Audio Games. Lá, você encontrará dezenas de jogos classificados por categoria: estratégia, quebra-cabeças, esportes, arcades, ação, corrida, tiros e RPG. Muitos são freewares, outros são demo ou trial. Nesse site, há também inúmeros links para outros locais na internet que tratam de Audio Games e de games com recursos de acessibilidade. Confira em http://www.audiogames.net


Que tal aperfeiçoar o seu Inglês? Sem dúvida, uma das maneiras de fazer isso é ouvindo exautivamente alguém falar em Inglês e um ótimo lugar para você fazer isso é o site LibriVox. Nele, você encontrará centenas de livros em formato AudioBook que são de domínio público. É possível navergar-se pelo site em páginas escritas na língua portuguesa, bastando para isso clicar-se sobre a bandeirinha do Brasil, mas o audio dos livros disponíveis está em Inglês. Como os livros são gravados por diversos voluntários diferentes, os sotaques diferem bastante e isso pode ser uma grande vantagem para você treinar seus ouvidos nas diversas formas de pronunciar o idioma inglês. Confira: http://librivox.org/


Um site Muito Legal para os portadores de deficiência visual e, também, de outros tipos.

Muito bem organizado e orientador vale uma visita por todos, portadores ou não de deficiências, para que possamos nos orientar sobre as técnicas e procedimentos de uma mais eficiente inclusão.
http://www.bengalalegal.com/

A criança com baixa visão

A criança com baixa visão não é cega, mas enxerga pouco, mesmo com o uso de óculos. Isto ocorre, devido a sub-luxação ou luxação do Cristalino. A pessoa deve ser estimulada a usar a visão que lhe resta ao máximo.

Veja algumas dicas que podem auxiliá-lo no aprendizado em casa ou escola:

  1. Converse com a professora para que inclua seu filho(a) em todas as atividades da classe.

  2. Deixe a criança perto de janelas e do quadro-negro e na primeira fileira da sala. Também deve ser evitada posição em que haja muita reflexão de luz sobre a lousa. A coordenação da escola deve permitir que a criança levante-se para chegar perto da lousa ou mudar de lugar para copiar o que está escrito.

  3. Converse com a coordenação da escola para que permita que a criança grave a aula. A criança com baixa visão é mais vagarosa ao anotar itens da lousa.

  4. A escola deve permitir que a criança copie ou faça xerox do caderno anotações do colega. Cuidado para a criança ficar mal acostumada e não prestar atenção na aula. Converse com ela e explique o motivo de tal atitude.

  5. Utilize um apoio para ler e escrever.
    Este apoio pode ser encontrado em lojas de produtos oftálmicos de apoio a baixa visão . Além de ajudar na baixa visão ele proporciona uma boa postura essencial para o não desenvolvimento de escoliose e cifose. Você também pode construir o seu. Veja o modelo na foto ao lado.

  6. Permita que a criança use um caderno com pauta mais larga. Eles podem enviar pelo correio para todo Brasil. Caso você não tenha condições de adquirir faça o que segue:
    As linhas do caderno devem ser reforçadas com caneta preta grossa ou azul e a distância entre elas aumentada. No caderno comum, reforça-se uma linha sim e outra não. A letra deve ser bem simples e, algumas vezes, ampliada. Você pode fazer vários testes com a distância entre as linhas e a grossura da mesma e pedir para a criança escolher qual é mais confortável para ela. Quando chegar ao modelo ideal, faça várias xerox de boa qualidade deste padrão e forme um caderno para seu filho(a).

  7. Para realizar jogos, por exemplo, existem dados com números, letras e baralhos em tamanho maior.

  8. Deixe a criança posicionar a cabeça, o olhar ou mesmo aproximar-se para examinar atentamente o objeto que não pode ver.

  9. Desenhos complexos com muitos detalhes são difíceis de serem totalmente vistos. Ajude a criança, caso ela tenha lição e converse com a professora, caso ela possa ter outros com menos detalhes.

  10. Use o de lápis 6-B, que é bem escuro, nas atividades de escrita, e caneta hidrográfica para contornar os desenhos; estes devem ser bem simples, evitando-se muitos detalhes.

  11. Livros com letras ampliadas;

  12. Os óculos devem estar sempre ajustados, limpos (lavar qdo necessário com sabonete liquido), nunca devem ser apoiados com as lentes para baixo, devem ser guardados dentro da caixa.

  13. No computador deixe a criança, caso não tenha auxílio óptico, ampliar as letras.

  14. Ir ao oftalmologista freqüentemente, pois após 7 anos de idade , o cérebro não aceitará quaisquer modificações nessa visão fraca , e nada( tratamento ou cirurgia) irá trazê-la de volta. Você deve levar seu filho a partir de 1 ano ao oftalmologista.

  15. Durante a leitura, o uso de uma régua(não transparente) para marcar a linha ou uma cartolina preta com uma abertura no centro, quer serve para destacar cada linha;

  16. Bonés podem ajudar a diminuir a reflexão excessiva da luz em ambiente externo.

  17. Lentes de ampliação:
    O professor e os pais devem conhecer previamente o auxílio óptico do aluno e se conscientizar de sua utilidade, encorajando-o a usá-lo. Veja como a lenta pode ser utilizada

    Para perto:

    Utilizamos lentes que aumentam o tamanho da imagem, diminuímos o campo de visão,ou seja, a área focada é menor do que o normal.

    Pode-se também fazer uso de lupas manuais (que podem ser levadas na mala da escola) ou de apoio, com aumentos variáveis que propiciem maior conforto e eficiência na leitura. Devem ser mantidas próximas ao material de leitura.

    Nos casos de leitura prolongada, as lupas de apoio são de grande valia. Elas apresentam a vantagem de sua base já as colocarem na distância correta de utilização em relação ao material de leitura ou estudo, variando, assim, apenas a posição do olho do observador.




    Para longe:

    Utiliza-se as telelupas. Elas podem ser monoculares (em um olho) ou binoculares (nos dois olhos).

    As monoculares podem ser presas ao pescoço por uma alça, evitando-se a perda da mesma.

    A criança pode utilizar para observar o quadro negro, assistir à TV, reconhecer ônibus ou pessoas.

    Quanto mais poderosa, menor é o campo de visão (área de visão) e exigem alguma destreza manual e treinamento para sua utilização.

  18. Luminárias de apoio:
    A luminária deve ter braços flexíveis e ajustáveis, a criança escolherá a posição mais confortável. Algumas crianças com baixa visão preferem não utilizar a incidência direta da luz, desta forma, deixe-a experimentar diversas posições e tipos de luminária até encontrar a mais adequada. Se for possível leve o caderno e teste na loja de compra de luminária a mais ideal.

FONTE DE PESQUISA:http://www.marfan.com.br/vivendo_marfan/asp_oftalmico/infancia/infanciaescola.asp?area=3&subarea=3_1&subarea2=3_1_1

Visão subnormal com perceptível déficit cognitivo



Sempre que um professor realiza seu planejamento faz uma sondagem sobre o que a turma já sabe e a partir daí desenvolve uma metodologia para trabalhar um conteúdo novo, ou específico. Quando a atua numa turma de alunos incluídos essa prática deve ser mantida, pois é necessário verificar o conhecimento de todos os alunos para poder propor novas etapas de aprendizagem, ou seja, para verificar o conhecimento de um aluno com deficiência deve ser usada a mesma estratégia para toda a turma, contudo no caso dos alunos com visão subnormal deve-se ter cuidado quando utilizar, gravuras, textos ou vídeos, estes devem estar próximos do foco visual do aluno. O desempenho de cada aluno deve ser avaliado frente ao conhecimento prévio que tinha sobre o conteúdo ou assunto abordado, sempre levando em consideração as potencialidades individuais de cada educando, o que construiu a partir do que já conhecia, seja ele deficiente ou não.

A aprendizagem do aluno deficiente visual será obtida por meio dos outros órgãos dos sentidos, e não somente visão. A noção de forma, tamanho, peso, solidez, textura, flexibilidade, temperatura e outras características dos objetos, serão percebidas por meio do tato, ou da ampliação de objetos quando os originais forem muito pequenos e diminuídos quando muito grandes. As adaptações devem ser explicadas ao aluno com visão subnormal em suas devidas proporções, para evitar a distorção do real.

O professor deve propor atividades que estimulem os sentidos auditivos, gustativos, olfativos, táteis e sinestésicos do aluno e utilizá-los não só na exploração dos conteúdos específicos da aprendizagem formal, como também nas atividades gerais da vida diária, na orientação e mobilidade. Sempre que possível o aluno deve ser orientado quanto à posição da sala de aula, banheiro, diretoria, refeitório e demais ambientes que deve circular na escola, estabelecendo relações de tamanho e distância entre os ambientes conhecidos. Este tipo de atividade contribuirá para que, o aluno locomova-se de forma independente.

Portanto cabe à escola e sua equipe conhecer seus alunos e suas especificidades, no que se refere ao aluno com visão subnormal, ele mesmo pode informar qual é o seu melhor posicionamento na sala de aula, a iluminação, os acessórios de suporte à leitura, tamanho da ampliação de textos e o contraste, entre outros.Outro recurso de suma importância, para o aluno com visão subnormal é a informática, com softwares especiais, que proporcionam a autonomia e independência nas atividades escolares e diária.

Uma escola inclusiva deve estar organizada, dispondo de um projeto político pedagógico seja elaborado em comunidade e que respeite as individualidades, contemplando adaptações e ampliações para o aluno de baixa visão nas diferentes atividades escolares. Essas ações devem ser uma prática cotidiana no fazer pedagógico e o professor deve tomar o cuidado de não atribuir dificuldades de aprendizagem à deficiência visual.

Além do respeito à individualidade do aluno com visão subnormal, do estímulo dos outros sentidos e do incentivo à autonomia, a escola deve estar equipada e o professor preparado para fazer uso de recursos conforme o nível de ensino que estiver seu aluno.

De acordo com, Gasparetto( 2007,p.61-67) os professores devem na:


Educação infantil

  • Utilizar livros de histórias com letras grandes e contraste;

  • Ampliar nomes, frases e textos;

  • Utilizar jogos coloridos com letras e/ou números ampliados;

  • Utilizar brinquedos coloridos, contrastantes, atraentes visualmente que despertem o interesse visual ao aluno;

  • Observar a qualidade iluminação natural e artificial, pois os auxílios para o controle de iluminação diminuem o desconforto visual, aumentam o contraste e melhoram a resolução visual;

  • Indicar o melhor tipo de iluminação artificial;

  • Indicar o melhor posicionamento da mesinha onde o aluno senta, considerando a iluminação natural e, se necessário, indicar o uso de cortinas para a janela;

  • Orientar o uso de viseiras ou bonés objetivando a diminuição da luz refletida;

  • Indicar prancha de plano inclinado para melhorar a postura e o posicionamento do aluno para desenhar, pintar e escrever;

  • Indicar a pauta ampliada em folhas e cadernos;

  • Utilizar lápis que propiciem um maior contrate com as folhas do caderno como, por exemplo: 6B, 4B,3B, lápis colorido;

  • Indicar livros falados;

  • Orientar sobre as diversas opções de uso de circuito fechado de televisão, CCTV para ampliação de imagem, lembrando propor que em alguns momentos todos os alunos terão acesso;

  • Nas aulas de informática, orientar a melhor posição do monitor , que deve ficar próximo à visão do aluno e o uso de softwares de caracteres e recursos audíveis;

  • Procurar posicionar o aluno de visão subnormal próximo à lousa,nos momentos de histórias estar próximo visualmente dos desenhos apresentados, nas apresentações de teatro ou de vídeo, esse aluno deve ocupar as primeiras fileiras;

  • Quando há o uso da lousa observar a cor do giz, da lousa e do tamanho da letra da professora;

  • Na hora do lanche, usar utensílios coloridos (canecas com cor forte: exemplo café caneca clara, leite caneca escura);

Ensino Fundamental (1º ao 5º ano)

  • Utilizar livros com letras ampliadas;

  • Ampliar textos, provas, tabelas, gráficos, avaliações, jogos e figuras conforme a necessidade visual do aluno;

  • Indicar o melhor tamanho, tipo de letra e espaçamento entre linhas e palavras;

  • Observar a qualidade iluminação natural e artificial, pois os auxílios para o controle de iluminação diminuem o desconforto visual, aumentam o contraste e melhoram a resolução visual;

  • Indicar o melhor tipo de iluminação artificial;

  • Indicar o uso de prancha de plano inclinado para melhorar a postura e o posicionamento do aluno para ler e escrever. O uso desse plano permite manter o material num ângulo de 45º em relação à mesa;

  • Sugerir um melhor posicionamento da classe do aluno considerando fatores como: proximidade da lousa e iluminação;

  • Utilizar lápis com grafite mais espesso (4B, 3B,6B) canetas hidrográfica de cor escura e guias para escrita;

  • Uso da lousa observar a cor do giz, da lousa e do tamanho da letra da professora;

  • Em textos mais longos, orientar o uso ditado, nas séries iniciais o ditado pode ser feito pelo professor, nas mais avançadas pode ser feito pelos colegas de classe ( sugerir o revezamentos entre colegas);

  • Orientar sobre as diversas opções de uso de circuito fechado de televisão, CCTV para ampliação de imagem, lembrando propor que em alguns momentos todos os alunos terão acesso;

  • Nas aulas de informática, orientar a melhor posição do monitor, que deve ficar próximo à visão do aluno e o uso de softwares de caracteres e recursos audíveis;

  • Sugerir para biblioteca: relação de livro com letras maiores e com contraste, livros falados, lupa eletrônica ou CCTV;

  • Orientar o aluno quanto a organização de seu material para facilitar a realização das tarefas escolares;


Séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio

  • Considerar a maior autonomia e independência do aluno e realizar trocas e combinados, com os professores e com o próprio aluno, sobre as suas necessidades específicas e quais adaptações serão utilizadas ou não;

  • Ampliar textos, provas, tabelas, gráficos, avaliações, jogos e figuras conforme a necessidade visual do aluno;

  • Indicar o melhor tamanho, tipo de letra e espaçamento entre linhas e palavras;

  • Observar a qualidade iluminação natural e artificial, pois os auxílios para o controle de iluminação diminuem o desconforto visual, aumentam o contraste e melhoram a resolução visual;

  • Indicar o melhor tipo de iluminação artificial;

  • Indicar o uso de prancha de plano inclinado para melhorar a postura e o posicionamento do aluno para ler e escrever. O uso desse plano permite manter o material num ângulo de 45º em relação à mesa;

  • Sugerir um melhor posicionamento da classe do aluno considerando fatores como: proximidade da lousa e iluminação;

  • Utilizar lápis com grafite mais espesso (6B, 3B, 4B) canetas hidrográfica de cor escura e guias para escrita;

  • No uso da lousa observar a cor do giz, da lousa e do tamanho da letra da professora;

  • Em textos mais longos, orientar o uso ditado, nas séries iniciais o ditado pode ser feito pelo professor, nas mais avançadas pode ser feito pelos colegas de classe ( sugerir o revezamentos entre colegas);

  • Orientar sobre as diversas opções de uso de circuito fechado de televisão, CCTV para ampliação de imagem, lembrando propor que em alguns momentos todos os alunos terão acesso;

  • Nas aulas de informática, orientar a melhor posição do monitor, que deve ficar próximo à visão do aluno e o uso de softwares de caracteres e recursos audíveis;

  • Sugerir para biblioteca: relação de livro com letras maiores e com contraste, livros falados, lupa eletrônica ou CCTV;

  • Orientar o aluno quanto à organização de seu material para facilitar a realização das tarefas escolares;


Referências

GASPARETTO, Maria Elizabete Rodrigues Freire. MASINI, Elcie F.Salzano. Visão Subnormal: um enfoque educacional. São Paulo: Vetor, 2007

FLORINDO, Girlane Maria Ferreira. Ver e não Ver: algumas especificidades da baixa visão. http://www.teleduc.cefetmt.br/teleduc/arquivos/18/obrigatoria/ 19/texto_prova_reoferta_dv_ver_e_nao_ver_algumas_especificidades_da_baixa_visao.pdf

MANTOAN, Maria Teresa Égler. Inclusão promove a justiça. Rev. Nova Escola. Ed.182. Maio 2005. http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/inclusao-no-brasil/maria-teresa-egler-mantoan-424431.shtml



Abaixo algumas sugestões de comunicação e acessibilidade que podem ajudá-los muito.
Para quem quiser acessar o site: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ajudas_tec.pdf

RECURSOS ADAPTADOS

RECURSOS PARA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

sábado, 21 de novembro de 2009

[b]Lembrei de você!
Orkutei.com.br

Confira mais figuras de Fim de Semana [link=http://orkutei.com.br/categoria.php?cod_categoria=11]Aqui[/link]


Recados imagens animadas http://www.orkutei.com.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

MANUAL DOSVOX

Aprendendo a conviver.

RELAÇÃO DA BAIXA VISÃO E A APRENDIZAGEM


A percepção visual decorre da conexão entre dois mecanismos, o “ver” (de caráter fisiológico) e o “olhar” (de caráter cognitivo e psicológico). O ato de “ver” envolve a percepção pelo olho de padrões de luz (móveis / estáticos, sombra / matiz) e a transferência dessas informações para o cérebro. O “olhar”, no entanto, está revestido de artifícios psicológicos, onde o cérebro combina operações perceptivas e conceituais para responder a estímulos visuais com interpretação intencional do significado.
Por incrível que pareça, muitas pessoas ainda confundem estes termos... Inclusive tenho presenciado várias situações que comprovam estas colocações. Há alguns anos, tive o privilégio de atender uma criança, na época com aproximadamente 9 anos de idade. Esta criança é portadora de Retinopatia da Prematuridade (graus I e II) e catarata congênita (afácico), no entanto, não utilizava seu resíduo visual para nenhuma atividade diária, apresentava dificuldades no caminhar, falar e expressar-se, segundo avaliações realizadas pela equipe, todos os comprometimentos eram de ordem emocional, salvo alguns atrasos motores devido a ausência de estímulos.
Quando iniciei a avaliação funcional visual, me surpreendi com as repostas, e, mais ainda quando percebi que a mesma teria possibilidade de uma aprendizagem através da escrita em negro (até então a criança estava sendo alfabetizada no Braille pela terceira tentativa consecutiva). Então, após inúmeros atendimentos, avaliações (inclusive oftalmológica, claro!) e Estudos de Casos freqüentes, em parceria com a oftalmologista, decidimos alfabetizá-la no negro. Foi uma reviravolta, a professora de Sala de Aula, bem como, a maioria dos profissionais da Escola Especial, acharam um erro. Fizeram inúmeras reuniões, inclusive com a presença da oftalmologista, na tentativa de compreender o caso, pois, para todos, tratava-se de uma criança cega. A professora, temerosa pela situação de mudança, veio ao meu encontro com a figura de um sino (estava em período natalino). A figura tomava toda a folha ofício A4. A professora alegou que havia mostrado a figura à criança e perguntado se ela estava vendo a figura. A criança disse que não. Então, solicitei que esta me trouxesse a criança para uma demonstração. Após a saída da professora, peguei uma nova folha ofício A4, fiz um único ponto com uma caneta preta comum (bic ponta grossa), quase no centro da folha e, quando chegaram, perguntei a criança se poderia me ajudar a encontrar um ponto que havia perdido na folha. A professora ficou surpresa com a rapidez que o ponto foi encontrado pela criança e a satisfação que sentia por ter ajudado foi tamanha que há muito não se ouvia sua voz, mesmo assim em tom firme e alto ela dizia: - Não fica triste, não. Ta aqui ó...
Acredito que esta experiência é suficiente para comprovar a diferença entre o “ver” e o “olhar”. É preciso seguir critérios para se avaliar essas crianças. Procurar, pesquisar, experimentar junto com ela.
Mas, para isto, inicialmente, se faz necessário um melhor esclarecimento quanto à relação da deficiência visual (cegueira e baixa visão) e do processo de aprendizagem. Devem ser levadas em conta suas condições físicas, mentais, sociais, cognitivas, enfim... devemos olhar para ela como um todo e em partes também.
Um deficiente visual portador de baixa visão possui uma incapacidade para “ver” e conhecer visualmente o mundo em sua volta. No entanto, suas capacidades e seu potencial sendo estimulado propiciarão o desenvolvimento visual, bem como de suas habilidades visuais que consistem o ato de “olhar”.
A identificação e o tratamento precoce de distúrbios oculares na infância constituem prioridades para os programas de prevenção da cegueira. As medidas preventivas devem ser planejadas e estabelecidas, pois, esses programas visam a preservação e/ou melhoria da visão, contribuindo, assim, para o alcance de melhor qualidade de vida e baseia-se na necessidade de identificar e tratar pessoas, ainda em tempo de manter a própria independência.
Conforme BARRAGA (1978), a aprendizagem visual depende não apenas do olho, mas também da capacidade do cérebro de realizar as funções. A capacidade de funcionamento visual da criança depende fundamentalmente de seu desenvolvimento. Quanto mais a criança é estimulada a olhar, principalmente em pequena distância, mais estimula os canais perceptivos para o cérebro. Conforme o cérebro recebe mais e mais informações, há uma eventual acumulação de variedades de imagens em sua memória visual ainda em amadurecimento.
Pode-se deduzir então que percepção e cognição parecem ser processos interdependentes, e que variam de pessoa para pessoa, de acordo com a fisiologia do olho e os seus caracteres psicomotores, cognitivos e afetivos (condições emocionais e sócio-emocionais).
Portanto, a problemática social que envolve a criança com visão prejudicada é extremamente abrangente, variante de sua habilitação ou reabilitação, dependentes de um processo educacional que a prepare para ser independente.
A criança com baixa visão, sem dúvida alguma, apresenta falhas na percepção da realidade que a cerca, bem como das formas, tamanhos e cores dos objetos. Daí a dificuldade de se utilizar livros comuns, mesmo ampliados, nesta fase da aprendizagem, uma vez que estes apresentam pluralidade de formas e cores, impossíveis de serem percebidas e interpretadas.
Faz-se necessário redimensionar a interpretação a que a percepção consiste apenas na capacidade de registro de informações sensoriais para que haja uma concepção do aprendizado, entre outros, com ênfase na memória visual, no raciocínio, na atenção, na estratégia de resolução de problemas e nos conceitos específicos.
Esse contexto se mostra convincente para redimensionar o padrão clínico para um enfoque educacional cujo parecer está em equilibrar o desenvolvimento da percepção visual com as demais áreas do desenvolvimento infantil, visando assim à globalização na evolução de suas habilidades. Tendo em vista esta problemática, torna-se necessário que a criança aprenda a usar sua visão para identificar e discriminar estímulos visuais, a princípio, simples e isolados, devendo gradativamente atingir estímulos mais complexos. As formas geométricas simples são indicadas para desenvolver, inicialmente, na criança, a habilidade de identificar, discriminar e perceber estímulos visuais.
O tempo de aprendizagem de uma criança com baixa visão varia de acordo com as condições e estímulos que serão oferecidos a ela. Concordando com Kato (1995), quando faz alusão a velocidade e precisão com que uma palavra é percebida ou lida, assim também a aprendizagem visual de caracteres varia de acordo com o registro no léxico visual pela freqüência como o leitor já foi exposto estando acoplado ao seu sentido, pelo conhecimento de regras e imposições a que está sujeita e da capacidade de raciocínio que lhe permite também antecipar itens ainda não vistos.
A "Estimulação Visual" abrange um conjunto de procedimentos sensibilizadores da habilidade perceptiva visual, visando o emprego adequado da visão da criança com comprometimentos ópticos diversos, não passíveis de correção refrativa satisfatória, que acarreta complicações em seu desenvolvimento global da aprendizagem e no desempenho da vida cotidiana.
Portanto, só após um trabalho criterioso e bem dosado é que a criança com resíduo visual será capaz de identificar e discriminar formas, figuras, letras, palavras e frases. Necessário se faz adaptar recursos didáticos e utilizar o sistema de escrita e leitura ideais para as condições visuais desta criança. No entanto, não obstante à limitação sensorial, estas crianças gozam da mesma capacidade que desenvolvemos na infância, ou seja, de construir conhecimentos a partir da interação com o meio ambiente, da relação com as pessoas, objetos e acontecimentos, levando-nos a tomar consciência de nossa existência individualizada, do outro e do mundo ao nosso redor, identificando-se com as demais pessoas humanas.
A estimulação do pensar, agir e processar são fatos importantes. Porém, de nada valem se não houver interesse por parte do educador em conhecer e interagir com a criança, ou seja, identificando suas diferentes fases, sejam físico-motoras, cognitivas, visuais e outras, visando o aluno como um ser construtivo. A aprendizagem só acontece diante de um ensino dinâmico, concreto e participativo, vigente de uma mudança na conduta, analisada em diferentes ângulos.

FONTE:http://jucimarsidney167.blogspot.com/2008/08/relao-da-baixa-viso-e-aprendizagem.html

domingo, 15 de novembro de 2009

ESTRABISMO:

Atenção: Vocês vão perceber que neste texto existem algumas diferenças na linguagem e ortografia pois o site da pesquisa é português.

Como se estivessem zangados um com o outro, os dois olhos não se direccionam para o mesmo sítio. Um deles olha para o que a pessoa quer focar e o outro desvia-se para uma outra direcção. Este é o sintoma mais comum e visível do estrabismo, uma patologia oftalmológica muito frequente na infância.

O estrabismo é um defeito no alinhamento dos olhos, que deixam de ver simultaneamente. Enquanto um olho fixa em frente, o outro desvia-se.

A criança estrábica tem um desenvolvimento e uma vida perfeitamente normais, apesar de não ter a visão binocular. O problema é que há trabalhos que necessitam de uma visão de conjunto e de relevo que não é possível realizar em visão monocular.

A criança, ao contrário do adulto, está a desenvolver a sua visão e, quando um olho começa a desviar, há mecanismos cerebrais que impedem o aparecimento de diplopia (visão dupla). Assim, a criança não vê duas imagens do mesmo objecto, porque a imagem do olho desviado é suprimida

O estrabismo não tem como única consequência o desalinhamento dos olhos, e, regra geral, leva à diminuição da acuidade visual do olho que não foca os objectos. Isto ocorre porque a criança utiliza o olho que vê bem e o outro não desenvolve uma visão normal.

Após a avaliação completa, e identificado o tipo de estrabismo, segue-se um plano de recuperação. Este plano de tratamento começa por corrigir a refracção (prescrever óculos) e tratar a ambliopia. Depois, «temos de obrigar o olho que vê mal a funcionar melhor, tapando o olho saudável». A este procedimento chama-se oclusão e é, segundo este especialista, «o método de tratamento das ambliopias mais eficaz».

A oclusão serve apenas para recuperar a visão e não o alinhamento dos olhos. «Uma vez recuperada a visão, o olho fica ainda desalinhado e, se nós abandonarmos esta criança, passado pouco tempo fica a ver mal outra vez». Em alguns casos, o alinhamento restabelece-se com a recuperação da visão, mas, nos casos em que isto não acontece, faz-se uma intervenção cirúrgica, actuando-se ao nível dos músculos extra-oculares que fazem movimentar os olhos, enfraquecendo-os ou reforçando-os, conforme os casos.

Quanto mais precocemente um estrabismo é tratado, menores são as sequelas que ficam para toda a vida.

Por tudo isto, «é fundamental detectar precocemente e fazer a correcção do estrabismo, não só para permitir a melhoria da acuidade visual, como inclusive para melhorar o rendimento escolar das crianças. Em muitos casos, o défice visual é o motivo do insucesso escolar.

O estrabismo severo pode requer cirurgia. A cirurgia é projectada de modo a aumentar ou diminuir a tensão dos músculos oculares externos. Os seis músculos extra-oculares do olho movem-no em todas as direcções. Quando a cirurgia do estrabismo for necessária deve ser feita quanto antes, por forma a melhorar a possibilidade da criança conseguir vir a ter visão binocular normal.

A cirurgia do estrabismo é feita através da abertura da membrana que cobre o olho denominada conjuntiva permitindo o acesso aos músculos localizados abaixo dela. Os músculos que serão operados dependerá do tipo do estrabismo de cada paciente. Em alguns casos mais de uma cirurgia poderá ser recomendada.


OPERAÇÃO:

A operação de estrabismo trabalha-se nos músculos.

Nesta cirurgia não se tira o olho para fora. São feitas incisões nos olhos para ter acesso aos músculos e neles são feitas as correcções.

Uma intervenção cirúrgica de grande precisão pode tornar-se necessária para restabelecer o paralelismo dos olhos.

Ao acordar não se usam pensos. O paciente pode abrir os olhos, mas o melhor é contentar-se apenas com algumas horas de luz suave. Em geral, alguns dias (10 dias) são suficientes para que a criança possa regressar à escola. Seo estrabismo for muito acentuado poderão ser necessárias várias intervenções.

O curativo inicial deve ser mantido por 24 horas. Após remover o curativo, são orientados colírio de corticóide e antibiótico por uma semana a 15 dias e analgésicos para dor.

Compressas frias (03 a 04 pedras de gelo picado dentro de um saco plástico envoltas em um pano) por 20 minutos a cada 4 horas ajudam a diminuir a dor e o edema nas primeiras 24 horas pós-operatórias.

Lacrimejamento, irritação, ardência, sensação de corpo estranho são normais na primeira semana devido à presença dos pontos conjuntivais e da própria inflamação decorrente do trauma cirúrgico. Em geral o olho reassume seu aspecto normal ao final da segunda semana de pós-operatório.

Não é necessária a retirada de pontos cirúrgicos, os mesmos ou são absorvidos ou caem espontaneamente.

FONTE:http://partilharombroamigo.blogspot.com/ Acessado em 15/11/2009