Sempre que um professor realiza seu planejamento faz uma sondagem sobre o que a turma já sabe e a partir daí desenvolve uma metodologia para trabalhar um conteúdo novo, ou específico. Quando a atua numa turma de alunos incluídos essa prática deve ser mantida, pois é necessário verificar o conhecimento de todos os alunos para poder propor novas etapas de aprendizagem, ou seja, para verificar o conhecimento de um aluno com deficiência deve ser usada a mesma estratégia para toda a turma, contudo no caso dos alunos com visão subnormal deve-se ter cuidado quando utilizar, gravuras, textos ou vídeos, estes devem estar próximos do foco visual do aluno. O desempenho de cada aluno deve ser avaliado frente ao conhecimento prévio que tinha sobre o conteúdo ou assunto abordado, sempre levando em consideração as potencialidades individuais de cada educando, o que construiu a partir do que já conhecia, seja ele deficiente ou não.
A aprendizagem do aluno deficiente visual será obtida por meio dos outros órgãos dos sentidos, e não somente visão. A noção de forma, tamanho, peso, solidez, textura, flexibilidade, temperatura e outras características dos objetos, serão percebidas por meio do tato, ou da ampliação de objetos quando os originais forem muito pequenos e diminuídos quando muito grandes. As adaptações devem ser explicadas ao aluno com visão subnormal em suas devidas proporções, para evitar a distorção do real.
O professor deve propor atividades que estimulem os sentidos auditivos, gustativos, olfativos, táteis e sinestésicos do aluno e utilizá-los não só na exploração dos conteúdos específicos da aprendizagem formal, como também nas atividades gerais da vida diária, na orientação e mobilidade. Sempre que possível o aluno deve ser orientado quanto à posição da sala de aula, banheiro, diretoria, refeitório e demais ambientes que deve circular na escola, estabelecendo relações de tamanho e distância entre os ambientes conhecidos. Este tipo de atividade contribuirá para que, o aluno locomova-se de forma independente.
Portanto cabe à escola e sua equipe conhecer seus alunos e suas especificidades, no que se refere ao aluno com visão subnormal, ele mesmo pode informar qual é o seu melhor posicionamento na sala de aula, a iluminação, os acessórios de suporte à leitura, tamanho da ampliação de textos e o contraste, entre outros.Outro recurso de suma importância, para o aluno com visão subnormal é a informática, com softwares especiais, que proporcionam a autonomia e independência nas atividades escolares e diária.
Uma escola inclusiva deve estar organizada, dispondo de um projeto político pedagógico seja elaborado em comunidade e que respeite as individualidades, contemplando adaptações e ampliações para o aluno de baixa visão nas diferentes atividades escolares. Essas ações devem ser uma prática cotidiana no fazer pedagógico e o professor deve tomar o cuidado de não atribuir dificuldades de aprendizagem à deficiência visual.
Além do respeito à individualidade do aluno com visão subnormal, do estímulo dos outros sentidos e do incentivo à autonomia, a escola deve estar equipada e o professor preparado para fazer uso de recursos conforme o nível de ensino que estiver seu aluno.
De acordo com, Gasparetto( 2007,p.61-67) os professores devem na:
Educação infantil
Utilizar livros de histórias com letras grandes e contraste;
Ampliar nomes, frases e textos;
Utilizar jogos coloridos com letras e/ou números ampliados;
Utilizar brinquedos coloridos, contrastantes, atraentes visualmente que despertem o interesse visual ao aluno;
Observar a qualidade iluminação natural e artificial, pois os auxílios para o controle de iluminação diminuem o desconforto visual, aumentam o contraste e melhoram a resolução visual;
Indicar o melhor tipo de iluminação artificial;
Indicar o melhor posicionamento da mesinha onde o aluno senta, considerando a iluminação natural e, se necessário, indicar o uso de cortinas para a janela;
Orientar o uso de viseiras ou bonés objetivando a diminuição da luz refletida;
Indicar prancha de plano inclinado para melhorar a postura e o posicionamento do aluno para desenhar, pintar e escrever;
Indicar a pauta ampliada em folhas e cadernos;
Utilizar lápis que propiciem um maior contrate com as folhas do caderno como, por exemplo: 6B, 4B,3B, lápis colorido;
Indicar livros falados;
Orientar sobre as diversas opções de uso de circuito fechado de televisão, CCTV para ampliação de imagem, lembrando propor que em alguns momentos todos os alunos terão acesso;
Nas aulas de informática, orientar a melhor posição do monitor , que deve ficar próximo à visão do aluno e o uso de softwares de caracteres e recursos audíveis;
Procurar posicionar o aluno de visão subnormal próximo à lousa,nos momentos de histórias estar próximo visualmente dos desenhos apresentados, nas apresentações de teatro ou de vídeo, esse aluno deve ocupar as primeiras fileiras;
Quando há o uso da lousa observar a cor do giz, da lousa e do tamanho da letra da professora;
Na hora do lanche, usar utensílios coloridos (canecas com cor forte: exemplo café caneca clara, leite caneca escura);
Ensino Fundamental (1º ao 5º ano)
Utilizar livros com letras ampliadas;
Ampliar textos, provas, tabelas, gráficos, avaliações, jogos e figuras conforme a necessidade visual do aluno;
Indicar o melhor tamanho, tipo de letra e espaçamento entre linhas e palavras;
Observar a qualidade iluminação natural e artificial, pois os auxílios para o controle de iluminação diminuem o desconforto visual, aumentam o contraste e melhoram a resolução visual;
Indicar o melhor tipo de iluminação artificial;
Indicar o uso de prancha de plano inclinado para melhorar a postura e o posicionamento do aluno para ler e escrever. O uso desse plano permite manter o material num ângulo de 45º em relação à mesa;
Sugerir um melhor posicionamento da classe do aluno considerando fatores como: proximidade da lousa e iluminação;
Utilizar lápis com grafite mais espesso (4B, 3B,6B) canetas hidrográfica de cor escura e guias para escrita;
Uso da lousa observar a cor do giz, da lousa e do tamanho da letra da professora;
Em textos mais longos, orientar o uso ditado, nas séries iniciais o ditado pode ser feito pelo professor, nas mais avançadas pode ser feito pelos colegas de classe ( sugerir o revezamentos entre colegas);
Orientar sobre as diversas opções de uso de circuito fechado de televisão, CCTV para ampliação de imagem, lembrando propor que em alguns momentos todos os alunos terão acesso;
Nas aulas de informática, orientar a melhor posição do monitor, que deve ficar próximo à visão do aluno e o uso de softwares de caracteres e recursos audíveis;
Sugerir para biblioteca: relação de livro com letras maiores e com contraste, livros falados, lupa eletrônica ou CCTV;
Orientar o aluno quanto a organização de seu material para facilitar a realização das tarefas escolares;
Séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio
Considerar a maior autonomia e independência do aluno e realizar trocas e combinados, com os professores e com o próprio aluno, sobre as suas necessidades específicas e quais adaptações serão utilizadas ou não;
Ampliar textos, provas, tabelas, gráficos, avaliações, jogos e figuras conforme a necessidade visual do aluno;
Indicar o melhor tamanho, tipo de letra e espaçamento entre linhas e palavras;
Observar a qualidade iluminação natural e artificial, pois os auxílios para o controle de iluminação diminuem o desconforto visual, aumentam o contraste e melhoram a resolução visual;
Indicar o melhor tipo de iluminação artificial;
Indicar o uso de prancha de plano inclinado para melhorar a postura e o posicionamento do aluno para ler e escrever. O uso desse plano permite manter o material num ângulo de 45º em relação à mesa;
Sugerir um melhor posicionamento da classe do aluno considerando fatores como: proximidade da lousa e iluminação;
Utilizar lápis com grafite mais espesso (6B, 3B, 4B) canetas hidrográfica de cor escura e guias para escrita;
No uso da lousa observar a cor do giz, da lousa e do tamanho da letra da professora;
Em textos mais longos, orientar o uso ditado, nas séries iniciais o ditado pode ser feito pelo professor, nas mais avançadas pode ser feito pelos colegas de classe ( sugerir o revezamentos entre colegas);
Orientar sobre as diversas opções de uso de circuito fechado de televisão, CCTV para ampliação de imagem, lembrando propor que em alguns momentos todos os alunos terão acesso;
Nas aulas de informática, orientar a melhor posição do monitor, que deve ficar próximo à visão do aluno e o uso de softwares de caracteres e recursos audíveis;
Sugerir para biblioteca: relação de livro com letras maiores e com contraste, livros falados, lupa eletrônica ou CCTV;
Orientar o aluno quanto à organização de seu material para facilitar a realização das tarefas escolares;
Referências
GASPARETTO, Maria Elizabete Rodrigues Freire. MASINI, Elcie F.Salzano. Visão Subnormal: um enfoque educacional. São Paulo: Vetor, 2007
FLORINDO, Girlane Maria Ferreira. Ver e não Ver: algumas especificidades da baixa visão. http://www.teleduc.cefetmt.br/teleduc/arquivos/18/obrigatoria/ 19/texto_prova_reoferta_dv_ver_e_nao_ver_algumas_especificidades_da_baixa_visao.pdf
MANTOAN, Maria Teresa Égler. Inclusão promove a justiça. Rev. Nova Escola. Ed.182. Maio 2005. http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/inclusao-no-brasil/maria-teresa-egler-mantoan-424431.shtml
Abaixo algumas sugestões de comunicação e acessibilidade que podem ajudá-los muito.
Para quem quiser acessar o site: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ajudas_tec.pdf
Algum professor universitário teria alguma experiência com este tipo de aluno e de como lidar com ele em sala de aula?
ResponderExcluirEstou me referindo a aluno universitário com Visão Sub-normal com Perceptível Déficit Cognitivo
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